Quando entramos na delegacia, o Elano estava sentado em uma cadeira, mais a Cida não estava ao lado dele.
- Cadê a Cida? – Disse a Cat curiosa.
- Ela acabou de entrar, você vai entrar quando a Cida sair.
- Calma linda, vai dar tudo certo, é só você contar o que aconteceu ontem à noite.
- Eu sei!
Nos sentamos ao lado do Elano e ficamos esperando que a Cat fosse chamada para depor. Ninguém falava nada, estava um tédio ficar ali...
- Fala sério! – Quando o Elano se levantou entediado e cansado de esperar pela Cida, ela saiu pela porta marrom que havia ao lado esquerdo da sala, que a minutos atrás, eu jurava que era um banheiro.
Atrás da Cida, saiu um homem idoso, todo elegante, de terno e gravata, literalmente parecendo um pinguim.
- Senhorita Catarina, me acompanhe por favor? – Ele disse segurando um papel meio amarelado nas mãos.
- Claro. – Ela disse o olhando rapidamente e em seguida olhando para mim.
- Vai dar tudo certo. – Eu disse tranquilizando-a. - Eu vou estar lá com você, mais vou estar aqui... – Eu disse colocando minha mão em cima do coração dela.
Ela abriu um sorriso confiante e desapareceu atrás da porta.
- Pedro, eu vou levar a Cida em casa, depois eu volto.
- Ok.
- Tchau Pedro, obrigada!
- De nada, tchau Cida!
Fiquei ali olhando-os se afastar e em seguida entrarem no carro. Quando virei a cabeça vi um folheto e comecei a ler, falava sobre crianças desaparecidas, quando acabei de ler, me sentei e fiquei no tédio esperando a Cat.
Depois de quase meia hora esperando, o Elano apareceu e a Cat saiu por aquela porta.
- E então? Como foi? – E parei na frente dela e perguntei curioso.
- Fiquei com um pouco de medo, mais disse tudo que aconteceu. – Ela disse calma e sorridente.
- Pedro, você vai levar a Cat em casa agora, certo? – Ele diss parado na porta me olhando.
- Vou!
- Então eu vou pra minha casa e mais tarde eu vou para sua casa.
- Ok.
Nós três saímos da delegacia, o Elano entrou no carro dele e seguiu o caminho de sua casa. Eu abri a porta do carro para a Cat e em seguida entrei no lado do motorista.
- Então, você me guia, porque não sei onde você mora.
- Pode seguir pela praia, moro lá por perto!
- Ok.
Dei partida no carro e segui para a praia, quando passamos pela praia a Cat me olhou...
- Ondas ótimas hoje!
- É... Lembra? Essa foi à primeira coisa que você me disse.
- Claro que lembro impossível esquecer.
- E agora? Vou pra onde?
- Vira na próxima rua e segue reto.
- Nessa rua aqui? – Eu disse parando no sinal vermelho.
- Sim, sim.
Virei a rua quando o sinal ficou verde. Segui reto, até ela mandar eu frear.
- Vira ali! – Ela apontou para a última rua que era possível virar. – No primeiro portão branco.
Parei em frente ao portão e ela me olhou.
- Vamos entrar?
- Agora não, preparem seus pais lá, mais tarde, quando eu vir te buscar pro cinema, eu entro e conheço meus sogros.
- Você quem sabe. Mais posso te fazer uma pergunta?
- Claro que pode!
- Por que seus pais não estavam na sua casa?
- Porque meus pais estão viajando, mais não se preocupa que hoje mesmo eles vão ficar sabendo que comecei a namorar com a menina mais linda do mundo.
- Ok. Antes de você vir me buscar pro cinema, liga pra minha casa?
- Claro, qual é o número?
Passei meu celular pra ela anotar o número.
- Pronto, já anotei. Agora deixa eu ir.
- Deixo, mais depois que você me der um beijo de despedida.
- Hum. Boa ideia. – Ela disse sorrindo.
Ela colocou uma das mãos em meu rosto, me deu um selinho e parou para me olhar. Entrelacei meus dedos nos cabelos dela e a puxei para um beijo, longo, demorado e muito apaixonado.
Quando terminei nosso beijo com um selinho demorado, abri meus olhos e a vi ainda com os olhos fechados.
- Bom, infelizmente... Tchau, namorado. – Ela disse abrindo os olhos e sorrindo.
- Tchau namorada linda!
Abri a porta e saí do carro, corri para o lado do carona e abri a porta para ela. Roubei um selinho dela, fechei a porta do carro depois que ela saiu e fiquei olhando-a entrar. Depois que ela fechou o portão, entrei no carro e segui para casa.
Quando entrei em casa, fui direto para o meu quarto e liguei pra minha mãe.
---- Início da ligação ----
- Oi meu filho! Tudo bem por aí?
- Oi mãe! Por aqui tá tudo bem e por aí?
- Também está tudo bem por aqui, eu e seu pai estamos nos divertindo bastante!
- Mãe! Eu tenho uma novidade pra você!
- Conta filho, que novidade é essa?
- Eu estou namorando!
- Meu filho namorando? Como ela é?
- Ela é linda, educada, especial! Ah mãe, não sei explicar... Ela é... Só ela!
- Ela é ruiva?
- Não mãe, ela é loira!
- Como ela chama querido?
- Ela se chama Catarina!
- Hum. Quero conhece-la.
- Assim que a senhora voltar, vou apresentar vocês.
- Ok. Vou desligar agora, que tenho um jantar com seu pai. Beijo amor!
- Beijo mãe.
---- Fim da ligação ----