Uma semana depois (Na sexta-feira.)...
- E aí Pedro! – O Elano disse quando saímos da faculdade e nos encontramos no estacionamento.
- E aí Elano! Te vi pouco essa semana! – Eu disse parando ao lado do meu carro.
- É mesmo, nos vimos só no boxe! – Ele concordou parando ao meu lado.
- E como estão os preparativos para seu jantar com a Cida e o pedido de namoro? – Perguntei curioso, afinal, os meus preparativos estavam todos atrasados.
- Já está tudo pronto, vou buscar a pulseira que encomendei para a Cida hoje à tarde. – Ele coçou a cabeça. – E o seu jantar com a Cat? Já preparou tudo? – Ele me perguntou curioso.
- Estou começando agora, vou ligar pra minha sogra e pedir a ajuda dela, por falar nisso, tenho que ir agora, muita coisa pra planejar. – Eu desativei o alarme do meu carro.
- Ok. Tenho que ir ensaiar o que vou dizer pra Cida. – Ele foi até o carro dele. – Falou cara, até mais. – Ele gritou quando abriu a porta do seu carro.
- Falou Elano, boa sorte lá e se precisar, já sabe, é só ligar. – Eu abri a porta do meu carro e joguei minha mochila no banco do carona, em seguida entrei no meu carro e segui para o shopping.
Consegui estacionar rapidamente, peguei minha carteira, sai do carro, acionei o alarme e entrei no shopping, achei uma loja que tinha vestidos femininos, que na Cat, ficariam lindos.
Entrei na mesma e uma moça veio me atender com um sorriso radiante no rosto.
- Posso te ajudar? – Ela parou ao meu lado com as duas mãos para trás.
- Ah, claro! – Eu desviei os olhos do vestido preto, que estava no manequim, para a vendedora. – Eu preciso de um vestido bem bonito para minha namorada. – Eu disse encarando-a com pressa.
- Hum... Tem preferência de cor? – Ela disse me guiando para o balcão que havia na loja.
- Olha, eu não tenho preferência de cor não, mais acho que para a ocasião um preto é o ideal. – Eu a encarei e em seguida apontei para o preto que eu vira no manequim assim que cheguei. – Quero aquele no manequim.
- Ok! Qual tamanho? – Ela me olhou antes de entrar em uma sala que havia dentro da loja.
- E aí pegou! Vou ligar pra mãe dela. – Peguei meu celular e liguei pra Soraia, minha sogrinha querida.
---- Início da ligação ----
- Alô?
- Oi! Soraia?
- Sim, quem fala?
- Sou eu, o Pedro!
- Ah, oi Pedro, tudo bom?
- Tudo e com você?
- Estou bem, mais a Cat ainda não chegou do cursinho.
- Hoje eu não quero falar com ela, quer dizer, quero, mais não agora! Eu preciso saber qual o tamanho de vestido que a Cat usa, porque vou comprar um para ela.
- O tamanho da Cat é P.
- Obrigado, Soraia, vou precisar da sua ajuda, vou passar na sua casa e deixar o vestido da Cat e vou levar um catálogo de joias para você me ajudar a escolher um colar pra ela. Posso contar com você?
- Claro que pode, vou ajudá-lo com todo prazer.
- Obrigado.
- Por nada!
- Tchau!
- Tchau!
---- Fim da ligação ----
- Tamanho P. – Eu guardei o celular no bolso.
- Ok! – Ela entrou pela portinha e rapidamente estava de volta com o vestido no tamanho em que eu pedira. – Esse mesmo. Embrulha pra mim? – Eu olhei o vestido um última vez e sorri ao imaginar a Cat dentro dele.
- Claro. – Ela o dobrou em cima do balcão e em seguida o colocou em um pacote cor de rosa e amarrou com uma fita preta.
- Quanto é? – Eu abri minha carteira e olhei para a vendedora.
- Cento e vinte e três e sessenta! – Ela me olhou.
- Aqui, pode ficar com o troco! – Eu a entreguei três notas de cinquenta reais.
Peguei o embrulho e fui para um joalheria, peguei o catálogo e segui para uma loja em que vendia celulares.
- Em que posso te ajudar? – Uma moça parou ao meu lado assim que entrei na loja.
- Eu quero um celular bem feminino pra minha namorada. – Eu a olhei.
- Esse é o celular mais novo, só chegou um dele pra mim. – Ela me mostrou um celular branco, digital.
- Pode ser ele, aqui tem chip também? – Eu disse olhando para ela, enquanto ela pegava o aparelho na vitrine.
- Temos sim, o celular já é desbloqueado, qual operadora você prefere? – Ela abriu uma gaveta e me olhou.
- Pode ser um da vivo! – Eu disse a olhando.
- Ok! – Ela pegou o celular e o configurou, depois o guardou na caixa.
- Quanto deu? – Eu abri a carteira.
- Trezentos e vinte. – Paguei com duas notas de cem, duas de cinquenta e uma de vinte. Peguei minhas sacolas e fui para o estacionamento, coloquei todas as sacolas no banco de trás do carro, em seguida entrei no carro e segui para a floricultura.
Assim que estacionei o carro na porta da floricultura, avistei um buquê de rosas brancas lindo, desci do carro e entrei na floricultura.
- E você? – Um cara, não muito maior que eu, parou ao meu lado.
- Eu quero um buquê de rosas brancas! – Eu o olhei rapidamente.
- Ok! – Ele saiu. Enquanto eu esperava meu buquê, comecei a olhar cartões e achei um em branco, peguei-o, juntamente com uma caneta e escrevi: “Minha pequena, hoje é o dia mais importante da minha vida, coloque o seu presente e venha me encontrar no térreo do grande hotel gourmet. Beijos. Adoro Você! Pedro.”
Quando terminei de escrever, o cara apareceu com o buquê de rosas brancas.
- Vou levar esse cartão também. Quanto deu? – Abri a carteira e tirei uma nota de cem reais.
- Quarenta e cinco! – Ele somou na calculadora.
- Pode ficar com o troco! – Entreguei a ele a nota (de cinquenta reais), peguei o buquê e o cartão e entrei no carro. Coloquei o buquê com todo cuidado no banco de trás.
Segui para a casa da Cat. Quando cheguei à casa da Cat, a mãe dela veio me atender.
- Oi Pedro!
- Oi Soraia!
- Entre querido!
- Hum, me ajuda a pegar as coisas aqui no carro?
- Claro querido.
Nos aproximamos do meu carro e eu abri a porta de trás do meu carro, em seguida, peguei o buquê, o vestido, o catálogo e o celular. Passei o buquê e o catálogo para a Soraia, peguei o vestido e o celular. Equilibrei-os em apenas um braço enquanto eu fechava meu carro.
Quando entrei na casa da Cat, encontrei a Soraia sentada no sofá já olhando o catálogo.
- Entre querido! – Ela disse sem nem me olhar!
- Ok! – Eu entrei e me sentei. – Posso ir ao quarto da Cat?
- Claro! É só você virar naquela porta e você vai ver o quarto dela. – Ela apontou para a porta em que a Cat entrara no dia em que fomos ao cinema.
- Obrigado! – Me levantei e segui para o quarto da Cat com o buquê, o celular e o vestido.
Assim que entrei no quarto dela coloquei o vestido em cima da cama, em cima do vestido, coloquei o celular e ao lado do celular, coloquei o buquê e o cartão junto com as flores.
Em seguida, voltei para a sala e a Soraia ainda olhava o catálogo de joias.
- E Então Soraia? Gostou de algum colar? – Eu disse aparecendo na sala.
- Então querido, acho que esse colar aqui, é mais a cara da Cat. – Ela me mostrou um colar muito lindo, com um casalzinho se beijando e a menina estava em cima de um banquinho.
- Esse? – Fiquei surpreso por ela ter me mostrado o colar mais lindo que eu já vira. – Mais ele é tão...
- Singelo, bonito e a carinha da Cat. – Ela disse sorrindo.
- Bom! Ok! Vou comprar ele! Obrigado pela ajuda dona Soraia! – Eu disse sorrindo ao olhá-la.
- Nada querido. – Ela me entregou o catálogo e se levantou. – tenha uma boa tarde.
- Obrigado.
Saí da casa da Cat e fui direto para a joalheria, com o catálogo. Novamente voltei ao shopping, estacionei no mesmo lugar em que eu havia estacionado antes de ir até a casa da Cat. Peguei o catálogo e segui para a joalheria.
Quando entrei na joalheria encontrei o Elano com uma caixinhapreta (média) nas mãos.
- E aí Elano? – O cumprimentei.
- Fala Pedro, veio comprar o colar pra Cat? – Ele olhou para o catálogo que eu segurava.
- Vim, e você?! Já não tinha comprado a pulseira da Cida? – Eu olhei para a caixa que ele segurava.
- Antes eu vim aqui pra encomendar a pulseira, porque a que eu gostara tinha acabado ai tive que encomendar ai hoje vim buscá-la. – Ele me explicou.
- Hum... Bom, deixa eu comprar o colar aqui. – Segui para o balcão.
- Bora almoçar juntos? – O Elano se virou para me olhar.
- Bora! – Eu o olhei. – Só vou comprar aqui.
- Vou te esperar na praça de alimentação. – Ele saiu da joalheria e foi em direção a praça de alimentação.
- E você? – Uma senhora, de aparentemente uns sessenta e cinco anos, parou na minha frente.
- Eu quero comprar esse colar... – Eu abri o catálogo e mostrei a ela o colar que eu compraria para a Cat. – aqui.
- Ok! Vou ao cofre busca-lo. – Ela me olhou uma última vez e em seguida entrou em uma porta que, aparentemente, precisava de senha para abri-la.
Fiquei alguns minutos esperando a vendedora, e enquanto eu esperava, olhei o catálogo de alianças de compromisso e vi um par de alianças que achei ser a cara da Cat. Fiquei alguns segundos admirando as alianças. Logo em seguida a senhora voltou com uma caixinha preta, um pouco maior que a caixa que o Elano segurava quando cheguei à joalheria.
- Aqui está! – A senhora colocou a caixa na minha frente.
- Hum... Eu gostaria de ver esse par de alianças aqui! – Eu mostrei a ela o par de alianças que eu gostara, elas (juntas) formavam um coração.
- Hum... Sinto muito! Esse par de alianças acabou. Um garoto levou o último par ontem. – Ela fez cara de desgosto. – Vou ficar te devendo.
- Tudo bem! Depois eu compro as alianças! – Eu fechei o catálogo e sorri para a vendedora. – Mas quanto é o colar?
- É à vista? – Ela seguiu para o computador.
- É sim! – Eu peguei minha carteira.
- Cento e quarenta e nove e noventa! – Ela leu no computador.
- Aqui! – Eu entreguei a ela uma nota de cem e uma nota de cinquenta. – Obrigado, depois eu volto para comprar as alianças.
- Seu troco!
- Não precisa! Tchau! – Saí da loja e segui para a praça de alimentação para encontrar o Elano.
- E aí? Comprou o colar? – O Elano me olhou.
- Comprei! – Eu mostrei-o a sacolinha da joalheria.
Me sentei na frente do Elano e nós pedimos dois hambúrgueres, uma porção de batatas fritas e uma coca dois litros.
- E então? Onde você alugou pro seu jantar? – Perguntei para o Elano curioso.
- Ah... Pensei no submarino, mais já está alugado pra hoje, aí vou ver se consigo um hotel no centro da cidade. – Ele me olhou e em seguida fitou a garçonete que trazia nossa coca, dois copos e nossa porção de batatas fritas. – Mais, e você? Alugou onde?
- Pensei no grande hotel gourmet. Você acha exagero? – Eu o olhei enquanto ele bebia um pouco da coca que a garçonete nos servira.
- Não, exagero não é, mais lá tem quatro andares, você se importa se eu alugar um andar lá também? – Ele me olhou com cara de “pelo amor de Deus, fala que tudo bem!”.
- Eu quero o último andar e o térreo. Até o terceiro andar não vejo problemas em você alugar. – Eu comi uma batatinha.
- Ok! – Vou ligar pra lá agora, vou tentar alugar o segundo andar. – Ele pegou o celular e rapidamente discou o número do hotel.
---- Início da ligação ----
- Grande hotel gourmet, boa tarde!
- Boa tarde! Meu nome é Elano e eu gostaria de saber se t6em reservas dos andares do restaurante hoje à noite?
- Nós só temos o primeiro andar reservado.
- Reserva pra mim o segundo, o quarto e o térreo?
- Claro!
- Olha, o quarto e o térreo são para o meu amigo Pedro. E eu gostaria de pedir jantar e dois garçons.
- Ok! Senhor, o que vocês querem para jantar?
- Podem fazer os cardápios, mais tem que ser tudo bem leve, ok?
- Ok!
- Lembre-se de que são dois cardápios diferentes, um para o segundo andar e um para o quarto andar juntamente com o térreo. Ah... E coloque uma mesa no térreo para duas pessoas. Obrigado.
- De nada Senhor, mais a que horas começa a festa nos andares em questão?
- No segundo, quero tudo pronto às oito e meia. E no quarto e no térreo as nove horas.
- Ok! Obrigado pela preferência.
- Por nada!
---- Fim da ligação ----
- E aí? – Eu perguntei curioso.
- Tudo pronto! – Ele disse guardando o celular.
Assim que o Elano guardou o celular, a garçonete trouxe nossos hambúrgueres. Comemos
Quando cheguei, retirei tudo do carro e entrei. Levei tudo para o meu quarto e finalmente desenterrei meu celular da primeira gaveta da minha cômoda, o liguei e as mensagens (horríveis) da minha mãe, ainda estavam na caixa de entrada, ainda me assombravam. Então, a primeira coisa que fiz depois de liga-lo foi excluir aquelas palavras horrendas que, minha própria, mãe teve coragem de me enviar.
Em seguida gravei o novo número da Cat na minha agenda e exclui o número antigo (do celular em que ela perdeu no dia do acidente). Depois liguei para um amigo do meu pai que alugava carros.
---- Início da ligação ----
- Boa tarde! Laerço!
- Oi Laerço! Sou filho do Marcos, seu amigo!
- Ah Sim, Pedro seu nome, não é?
- Sim!
- E em que posso lhe ser útil?
- Eu gostaria de saber se hoje à noite você pode buscar uma garota e leva-la até o grande hotel gourmet na sua limusine?
- Claro, que horas?
- Eu preciso que ela esteja lá às nove! Busque-a as oito e meia e leve-a para dar um passeio pela cidade, mais as nove esteja na entrada principal do restaurante!
- Ok!
- E passe aqui em casa até as três para que eu possa te pagar.
- Ok! Obrigado!
- Eu é que te agradeço!
---- Fim da ligação ----
Assim que desliguei o celular, abri o meu closet e comecei a procurar uma roupa que combinasse com a ocasião.
Encontrei uma calça jeans que eu ganhara da minha prima Priscila no meu aniversário do ano passado e que eu usara somente duas vezes, achei uma blusa branca sem desenhos e uma camisa xadrez que eu colocaria por cima da camisa branca, eu calçaria meu tênis da adidas branco e estaria pronto para a Cat.
Nesse momento me lembrei de que eu não falara para aCat as horas em que ela deveria estar pronta e nem que ela iria de limusine para o hotel.
Corri para o meu quarto, peguei meu celular e digitei a mensagem enquanto dizia a mesma em voz alta...
- “Minha princesinha, esteja pronta as oito e meia, um amigo do meu pai (que é de total confiança da minha família) irá busca-la nesse horário, ele a levará para um passeio pela cidade, exatamente as nove, você chegará na entrada do grande hotel gourmet, onde eu estarei a esperando! Ok? Ah... E tudo que tiver na limusine você pode usufruir! Você merece! Beijos. Seu Pedro!” – Enviei a mensagem à ela e em seguida me deitei na minha cama, com meu celular ao meu lado. Fiquei um tempo deitado, pensando na Cat, quando dei por mim, eu já havia adormecido.